A vida no banco
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Antigamente, ainda nem a minha mãe era nascida, os jogadores duravam muito, eram muito resistentes. Tornavam-se símbolos das suas equipas. O treinador tinha então poucas dúvidas sobre quem faria parte do onze inicial. Valorizava-se a experiência. Falavam-se dos anos 60, quando nem sequer existiam substituições. Portanto, a posição de suplente era quase que uma fatalidade.
Estamos nos tempos modernos. Calendário mais ocupado, as substituições, as transferências, tudo serviu para melhorar a vidinha ao jogador suplente, cortando as raízes que tinha com o banco de reservas.
Mas aprofundando mais este assunto, sem desvalorizar qualquer jogador, um jogador que está no banco durante a sua carreira, não construiu uma carreira. Compreende-se que para um jogador que passa a vida junto à linha lateral, sentado, a ver os colegas jogar e ele ali, só, sente-se como que abandonado. Perde até mesmo a auto-confiança. Muitos jogadores, sendo um atleta de futebol egocêntrico, não entendem a ideia do treinador, não vêm o valor da equipa, não olham para si nem para os colegas. Apenas se sente a pessoa mais injustiçada do mundo.
No entanto, a mesma realidade pode provocar reacções diferentes em pessoas diferentes. Há quem se revolte com isso e vira o jogo quando entra, ou então que nem do banco se quer levantar. Ou até mesmo que o titular é melhor e que tudo é normal.
Quando um ser humano é treinador, principalmente nos tempos que correm, em que cada vez mais se discute futebol entre reais treinadores.. de bancada, é fundamental olhar para um jogador e ler o que este pensa. Ser capaz de dar ao jogador aquilo que ele quer, de forma de receber o que o treinador deseja, como que um contributo. Não basta conhecer muitas táticas ou saber o que vale cada perna dum jogador, mas mais importante que isso, é saber e fazer o jogador seguir e confiar as suas ideias, e ver no treinador um pai na sua carreira futebolística.
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Categories: Psicologia e Comunicacao, Treinador de Bancada
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